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Foto: Arquivo pessoal
O Laboratório de Neuroimunofarmacologia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) está investigando possíveis fármacos para tratamento do novo coronavírus. A pesquisa é coordenada pela professora de imunologia do Departamento de Microbiologia e Parasitologia da UFSM, Micheli Mainardi Pillat, e a equipe é composta por 10 integrantes, entre eles, professores, mestrandos e doutorandos dos cursos de pós-graduação em Farmacologia e Ciências Farmacêuticas.
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Conforme a coordenadora, os
fármacos que estão em investigação são produtos aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), amplamente disponíveis no Brasil e apresentam poucos efeitos colaterais. Esses medicamentos poderiam ser uma alternativa rápida para o contexto da pandemia.
Atualmente, as pesquisas
buscam avaliar os efeitos de cinco medicamentos em células pulmonares humanas infectadas pelo novo coronavírus. A biomédica Jéssica Couto, doutoranda em farmacologia explica o estudo:
- A busca por medicamentos é de suma importância, mesmo que tenhamos vacina daqui algum tempo. Assim, o tratamento do paciente com Covid será mais eficiente
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RESULTADOS
Nos últimos meses, Micheli publicou artigos científicos envolvendo a Covid-19. Um deles teve grande repercussão mundial no contexto da pandemia, sendo mencionado em mais de 4 mil websites até abril deste ano.
- Esse artigo foi publicado em revista internacional. Ele foi o primeiro a sugerir a molécula CD147 como alvo terapêutico para o coronavírus e propôs o mecanismo antiviral da azitromicina através desse alvo como uma possibilidade - conta Micheli.
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Ela explica que, atualmente, são feitas análises dos níveis de proteínas nas células e nas amostras de pacientes que tenham o vírus, sem exigir a presença do vírus vivo.
Entretanto, para comprovar a ação dos medicamentos contra a doença, é necessário realizar os experimentos com o vírus vivo em Laboratórios de Biossegurança 3 (NB-3). A compra dos reagentes para a pesquisa é financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs), mas o laboratório só existe na Capital. E isso tem causado lentidão e dificultado a realização dos estudos.
- Infelizmente, as pesquisas do interior do Estado vêm se restringindo a microrganismos de baixo risco para os humanos. Além do entendimento do novo coronavírus, um laboratório NB-3 propiciaria inúmeros estudos futuros, com diversos agentes infecciosos letais, como a Influenza A/H1N1, Zika Vírus, HIV e Mycobacterium tuberculosis - conta Micheli.